quarta-feira, 26 de março de 2014

Cosméticos e bebidas devem financiar a campanha eleitoral de Dilma Rousseff.

Como forma de compensar o fraco desempenho da arrecadação de tributos e bancar a escalada de gastos em ano eleitoral, o Governo Federal deve aumentar os impostos sobre bebidas frias - cerveja, refrigerante, água e isotônico - e cosméticos.
Segundo o Secretário-adjunto da Receita Federal, Luiz Fernando Teixeira, o Governo está em busca de alternativas que incrementem a base de arrecadação e cubram o valor estimado de receitas. Para cumprir o compromisso firmado de poupar 1,9% do PIB este ano, o Governo calcula que a arrecadação deve crescer 3,5%. No primeiro bimestre, a arrecadação de impostos e demais contribuições cresceu 1,9%, segundo dados divulgados pela Receita Federal.
O Ministério do Planejamento elevou em, aproximadamente, R$4 bilhões as estimativas de receita do Governo, em relatório divulgado ontem (25). Segundo Nunes, "os cenários que foram apresentados para essa revisão incluem o aumento de impostos e a reabertura do programa de parcelamento de dívidas tributárias - o chamado REFIS - para dívidas que venceram em 2013. Parte das medidas passarão por aumento de tributos, não sabemos ainda quais. Essa decisão ainda não foi tomada. A Receita foi demandada para construção de cenário. Os estudos para aumentar os tributos sobre cosméticos e bebidas frias estão finalizados. A Receita tem apresentado uma cesta de possibilidades, mas a decisão de elevar esses impostos está a cargo da Casa Civil e do Ministério da Fazenda," ressalta.
Os brasileiros já pagaram mais de R$404 bilhões em impostos federais, estaduais e municipais desde 1º de Janeiro. Esse valor equivale à média diária de R$4,8 bilhões, considerando os 84 dias decorridos de 2014. O cálculo da arrecadação tributária é atualizado, em tempo real, pelo 'Impostômetro' da Associação Comercial de São Paulo - ACSP.
A marca de R$400 bilhões foi alcançada, na última segunda-feira (24). Em 2013, o registro dessa quantia aconteceu em 3 de Abril - 10 dias mais tarde, na comparação com 2014. A soma dos tributos em 2013 chegou a R$1,7 trilhão, média de R$4,6 bilhões diários.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário - IBPT, a carga representou 36,42% do Produto Interno Bruto - PIB, em 2013.

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