sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Mais da metade dos açudes cearenses têm menos de 30% da capacidade de água.

Mais da metade (51,3%) dos açudes públicos do Ceará está com volume de água inferior a 30%. O cálculo leva em conta os 144 açudes construídos pelos Governos Estadual e Federal e monitorados, diariamente, pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos - COGERH e pelo Departamento Nacional de Obras contra as Secas - DNOCS. As bacias hidrográficas do Banabuiú e do Alto Jaguaribe são as mais afetadas, cada uma com 12 açudes na estatística.
Apenas três reservatórios estão com mais e 90% da capacidade. Em Baturité, o Tijuquinha está sangrando. O Gavião, em Pacatuba, e o Curral Velho, em Morada Nova, têm 92% e 93%, respectivamente. Cidades como Canindé, Antonina do Norte e Crateús possuem reservatórios com nível abaixo de 2%. O caso mais grave é no açude Carnaubal (0,1%), em Crateús, a 354 quilômetros de Fortaleza.
A situação se agravou com as poucas precipitações nos primeiros meses deste ano. O volume de chuvas entre Janeiro e Março de 2013 em relação ao mesmo período de 2012 teve queda de 36%. A esperança para algumas comunidades são obras emergenciais e a distribuição de água pelos carros-pipa, já que o segundo semestre costuma ser de poucas chuvas no Estado.
Atualmente, os reservatórios contêm 41,3% da capacidade total, tendo apenas 7,7 bilhões de metros cúbicos dos 18,3 bilhões que podem armazenar. O volume das águas atingia 69,8% da capacidade em Março de 2012, ano também de seca. Já em Março de 2013, o volume armazenado havia caído para 44%.
Até o fim de 2014, 18 Municípios podem ter o abastecimento de água comprometido. Segundo Yuri Castro, Assessor da Presidência da COGERH, Fortaleza não corre risco, mesmo que o ano seguinte continue com poucas chuvas. A Capital é abastecida pelo Castanhão (no Município de Alto Santo), que pode armazenar mais de três bilhões de metros cúbicos. Hoje, está com 50,2% da capacidade.
Servem também a Capital os açudes Acarape do Meio (Redenção), Gavião (Pacatuba), Pacajus (Pacajus), Pacoti (Horizonte), Aracoiaba (Aracoiaba) e Riachão (Itaitinga). Conforme Castro, o sistema integrado das Bacias Metropolitana e do Médio Jaguaribe garante que não há riscos de falta de água em Fortaleza.

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