terça-feira, 19 de agosto de 2014

No Ceará já são 24 Municípios que enfrentam racionamento d'água, Tejuçuoca é um deles.

Subiu para 24 o número de cidades em racionamento de água no Ceará. A contenção no fornecimento hídrico varia conforme o nível de reserva de cada localidade. A situação piora com mais dias sem chuva, para aumentar o volume dos reservatórios, que são mínimos: Já são 103 açudes com menos de 30% da capacidade.

Desses, metade, ou 51 açudes, está com menos de 10% da capacidade, uma verdadeira situação de colapso de abastecimento. Amparados pelos órgãos técnicos, os Municípios estão fazendo o que podem.

Na semana passada, pelo menos, 04 Municípios já adotavam o racionamento de água como forma de evitar o colapso total nessas cidades.

As medidas de contenção são tomadas pela Companhia de Água e Esgoto do Ceará - CAGECE e pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto - SAAE, órgãos gerenciadores em distintos Municípios. A CAGECE, que abastece a maioria dos Municípios, têm ao menos 19 cidades sofrendo racionamento de água.

Embora esses órgãos tenham autonomia para decidir o racionamento, as decisões têm partido da reunião no Comitê Integrado da Seca, que reúne os diversos órgãos estaduais, municipais e federais envolvidos com a problemática.

Conforme o Coordenador de Ofertas Hídricas da Secretaria de Recursos Hídricos - SRH do Ceará, Gianni Lima, "o racionamento está sendo iniciado nos Municípios como medida preventiva. A situação tem exigido um esforço coordenado com Prefeituras dos Municípios afetados, especialmente para o trabalho de conscientização do uso. O monitoramento é contínuo, e de acordo com os açudes que os abastecem, os Municípios terão menos ou mais água. A crise é generalizada, com menos intensidade apenas no Vale do Jaguaribe, que possui as maiores reservas do Estado, e na Região Metropolitana de Fortaleza - RMF, que é abastecida, na maior parte, pelas águas jaguaribanas. Ainda assim, o Açude Castanhão está com apenas 35% da capacidade de armazenamento."

Assim como a seca o Nordeste entende, de racionamento, centenas de comunidades rurais do Ceará sabem há tempos e de forma rotineira. Mas a situação de escassez tornou-se tão mais drástica que são as áreas urbanas, nas sedes municipais, em crescente escala de falta d'água. Para Ricardo Adeodato, Diretor de Operações da Companhia de Gestão dos Recurso Hídricos - COGERH, "é o momento de economizar mais do que nunca. Há segurança hídrica para 2015, mas a situação varia conforme a região das bacias hidrográficas. Adutora de montagem rápida, perfuração de poços e carros-pipas são as principais medidas adotadas para combater a falta d'água."

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