segunda-feira, 6 de agosto de 2012
Cálculo do Índice de Massa Corporal - IMC.
segunda-feira, agosto 06, 2012
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A Nutricionista, Mirele Savegnago Mialich Grecco, propõe uma nova fórmula para obter o Índice de Massa Corporal - IMC que, hoje, leva em conta apenas peso e altura, passando a incluir a quantidade de massa gorda (gordura) do corpo. O trabalho propõe ainda que o indicativo de obesidade, o corte no Indice de Massa Corporal - IMC, hoje de 30 quilos por metro quadrado (kg/m2), seja de 28,38 kg/m2 para homens; e, 25,24 kg/m2 para mulheres. O trabalho, também.
O estudo teve início no Mestrado e continuou no Doutorado, defendido no Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - FMRP da Universidade de São Paulo - USP, sob orientação do Professor Alceu Afonso Jordão Junior.
O IMC, atualmente, utilizado foi proposto em 1835, pelo Estatístico belga Lambert Adolphe Jacques Quételet, e adotado em 1997 pela Organização Mundial da Saúde - OMS, como referência de medida para a obesidade.
Ele é obtido pela divisão do peso da pessoa (em quilos) pelo quadrado de sua estatura (em metros). Além de indicar obesidade para pessoas com IMC igual ou superior a 30 kg/m2, ele é referência, também, para o sobrepeso, que é de 25 kg/m2 a 29,9 Kg/m2, e para os considerados normais, que devem estar na faixa entre 18,5 kg/m2 e 24,9 kg/m2. São considerados desnutridos aqueles que estão abaixo de 18,5kg/m2.
O estudo, segundo a Pesquisadora, segue uma tendência mundial e ela acredita que no futuro os pontos de corte serão vários e divididos por faixa etária, sexo e etnia, por exemplo.
"Nesse sentido, os japoneses já conseguiram a redução do índice deles, que está na faixa de 23 kg/m2. Outros países estudam sua realidade, como nos Estados Unidos. Lá, a principal pesquisa, realizada com mais de 13 mil pessoas, propõe que a classificação de obesidade deve ficar por volta de 25 kg/m2. Levando-se em consideração o IMC tradicional, esse valor, tanto no Brasil como nos Estados Unidos, atualmente, é o início do sobrepeso", explica Mirele.
No Mestrado, Mirele além de propor um valor mais baixo no corte para a obesidade, também, desenvolveu um novo índice, levando-se em conta a massa gorda da pessoa.
O peso é multiplicado por 3 e a massa gorda por 4, e o valor é dividido pela estatura (em centímetros). No Doutorado, esse índice foi aplicado e ajustado, criando-se as faixas de classificação.
Dentro dessa nova proposta, os valores de risco nutricional para subnutrição ficaram entre 1,35 a 1,65; para a normalidade, entre 1,65 e 2,0, e acima de 2,0, para a obesidade.
"Essas são faixas iniciais; pesquisas futuras podem ajustar ainda mais esses números. Eles são mais precisos na detecção de obesidade. O ponto desfavorável para esse novo índice é a necessidade de equipamento de impedância bioelétrica para obtenção do valor e massa gorda", explica.
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