O
Ex-ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, é alvo de uma investigação em curso
na Justiça Federal do Paraná, por suspeitas de ter participado de desvios da
ordem de R$100 milhões em contratos da Petrobras, para as contas do PT. Um dos alvos principais do processo são os contratos
feitos entre a Empresa Projeto (do Ex-ministro) e empresas que fizeram negócios
com a Petrobras.
A
Procuradoria e Polícia Federal calculam com base em delações premiadas,
documentos apreendidos e até na prestação de contas feitas pelos partidos, que
consultorias feitas por Palocci possam ter sido usadas para desviar cerca de R$100 milhões do Petrolão para os cofres do PT.
Os
Procuradores deverão pedir ao juiz Sérgio Moro a quebra dos sigilos bancário e
fiscal do Ex-ministro. Segundo relatos feitos por Procuradores da Lava Jato, "o
Palocci logo depois que saiu do governo Lula, em 2006, acusado de violar o
sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa, teria intermediado a
aquisição do Estaleiro Rio Grande pela WTorre. Meses depois da negociação e sem
nenhuma expertise no setor naval, a empresa venceu uma concorrência para
arrendamento exclusivo do estaleiro à Petrobras. Em
seguida, a estatal fez uma encomenda para a construção de 08 cascos de
plataformas marítimas, em um contrato de, aproximadamente, US$6,5 bilhões. Investigações promovidas pela Operação Lava Jato indicam que, por
orientação de Palocci, o Estaleiro Rio Grande buscou parcerias internacionais
para poder cumprir o contrato com a Petrobras. Uma das empresas procuradas para
tanto foi a holandesa SBM, já relacionada como uma das mais fortes pagadoras de
propinas no esquema do Petrolão."
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