XI TEJUBODE movimenta R$2,5 milhões.

A 11ª Edição festa da TEJUBODE ficou encerrada, domingo (01), com a participação de mais de 120 mil pessoas em três dias de movimentação financeira, shows artísticos, culinária do bode e muita animação. A estimativa é que tenha movimenta cerca de R$2,5 milhões em negócios, especialmente a venda de animais.

A TEJUBODE é na realidade um festival de caprinos e ovinos, que foi realizado de início para impulsionar os negócios da área na região e acabou se tornando uma grande festa, com muitas atrações para quem visita a "Capital do Bode", como é conhecida a cidade.

A programação começou na sexta-feira  (29) e terminou domingo (01). Esta cidade, a 140 quilômetros de Fortaleza, localizada no Vale do Curú, é conhecida no Brasil por ser considerada uma das cidades mais hospitaleira do país e pelo seu cenário para produção de filmes temáticos, através da Furna dos Ossos. Mas há algum tempo a cidade tem uma festa que já tomou grandes proporções e está chamando a atenção de turistas nacionais e de outras partes do mundo, sobretudo especialistas técnicos na ovino e caprinocultura.

"Tudo na cidade gira em torno do bode. Existe uma programação toda especial para o festival e atividades que sempre envolvem o bode", explica o Prefeito da cidade Edilardo Eufrásio, que passou a ser chamado de assessor de imprensa da TEJUBODE, pela sua grande atuação de divulgação do Evento no País.

Outras atrações chamam a atenção de quem passa pelo local. Já que o foco do festival e da economia da cidade é o bode, todos os anos um animal da região é eleito rei, o que justifica o nome da festa.

O bode eleito à majestade deste ano é o Tartaruga que pertence ao agricultor Adeilton Araújo. "Ele tem tratamento diferenciado, milho de primeira qualidade e súditos de prontidão", brincou o contente dono do rei. Há ainda o concurso da maior cabra leiteira e até um desfile real pela cidade. Brincadeiras bem inusitadas que encantam quem vem de fora. A pequena Keilane Silva, de 8 anos, esteve pela primeira vez na cidade e ficou encantada com todas as atrações.

Os animais que estavam nos 60 currais prenderam a atenção da menina. Este espaço é o parque do bode, que foi montado para a feira, exposição em que os produtores negociam a compra e venda de animais, como bodes reprodutores e cabras leiteiras.

Durante os três dias, produtores da caprino ovino cultura e turismo, técnicos, empresários e público expõem seus animais e produtos, fazem negócios e participam de cursos. José Nilo Pereira é produtor e até o sábado passado já tinha comercializado 17 animais. "É uma maravilha para nós produtores e para quem vem curtir a festa. Sou de Cabaceiras no Sertão da Paraíba e Tejuçuoca está de parabéns pelo Evento", disse.

E se tudo é voltado para o bode, à comida regional também tem como base a carne caprina com a tradicional buchada, ou os pratos mais inusitados, tapioca e até pizza de bode.

O licor feito com leite de cabra, também, é bem apreciado. "Já comi três tipos de bode hoje aqui, o guisado, o assado e o bode na telha. É bom demais", garantiu o comerciante Marcos Valério Alves, irmão do maior criador de bode de Pombal, no Sertão Paraibano.

O lazer é o ponto alto do festival, com forró pé-de-serra, shows de bandas regionais e apresentação de grupos folclóricos. São cinco ambientes diferentes que tomam todo o centro histórico da cidade para a festa. A estrutura conta com palcos, camarotes, arquibancadas e 66 barracas e várias caixas de som espalhadas pelos postes tocando forró o tempo inteiro e relembrando as rádios comunitárias dos antigos vilarejos. As ruas ganharam um ar cenográfico de vilas para receber os visitantes e justificam o nome de Capital do bode.

FONTE: Diário do Nordeste.