quinta-feira, 2 de abril de 2015
Construtoras Queiroz Galvão e OAS ameaçam parar as obras do Jogos Olímpicos 2016.
quinta-feira, abril 02, 2015
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A Construtora Queiroz
Galvão ameaça paralisar as obras do Complexo Esportivo de Deodoro, Rio de Janeiro/RJ, um dos principais centros de competição dos Jogos
Olímpicos. A
empresa, responsável pelas obras juntamente com a Construtora OAS, demitiu 70
funcionários, ontem (1º) e colocou outros 500 operários em aviso prévio. O canteiro
reúne 1.000 trabalhadores no total. Os
demais funcionários podem ser demitidos já na semana que vem. Eles possuem
contrato de experiência e não necessitam de aviso prévio. A empresa alegou aos
empregados que não tem condições financeiras de mantê-los diante de atrasos nos
pagamentos pela Prefeitura do Rio.
A
construtora iniciou as obras em Agosto/2014, mas só recebeu o primeiro
pagamento em Janeiro deste ano. Na ocasião, foram pagos cerca de R$60 milhões,
referentes aos trabalhos executados até Novembro/2014. Desde então, não foram feitos
novos pagamentos. O contrato total é de R$650 milhões e prevê remuneração
mensal.
A
situação é preocupante diante do prazo apertado para o início dos Jogos
Olímpicos, que serão realizados em Agosto/2016. As
obras do Complexo Esportivo de Deodoro já começaram atrasadas, diante da demora
no processo de licitação e era um dos pontos de maior preocupação do Comitê Olímpico Internacional - COI.
A
obra deveria ser entregue pela Queiroz Galvão e pela OAS em Dezembro deste ano.
Inicialmente, a construção do complexo ficaria a cargo da União, mas as obras
foram delegadas ao Município. O
Governo Federal repassou a verba do projeto para a Prefeitura do Rio, que ficou
encarregada de licitar e fiscalizar a construção das arenas.
A
Queiroz Galvão é uma das empreiteiras envolvidas no escândalo de corrupção
revelado pela Operação Lava Jato, justamente com a OAS, sua parceira no
empreendimento. Ambas
são acusadas de participar de um esquema de pagamento de propina a funcionários
da Petrobras em troca de vantagens em licitações e contratos na estatal.
A
OAS protocolou recuperação judicial na terça-feira (31/03). A Queiroz Galvão,
que toca cerca de 30 canteiros de obras no paí
A
Prefeitura do Rio afirmou que ainda não foi informada sobre as demissões. A
Queiroz Galvão disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que não irá se
manifestar. O comitê organizador dos Jogos Olímpicos afirmou que desconhece a
paralisação.
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