segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Preços dos combustíveis brasileiros são os mais caros do mundo.


O governo tem usado a Petrobras, desde 2006, como espécie de 'cheque especial'. Uma das formas notórias desse uso foi o controle dos preços da gasolina e do diesel, com o objetivo de segurar a inflação. Essa política de defasagem dos combustíveis provoca um rombo no caixa da Petrobras na casa dos R$100 bilhões.

Agora, com a queda brutal do preço do barril de petróleo no mundo todo, hoje cotado abaixo de 40 dólares por barril, o governo permite que a empresa reponha as perdas do passado.
Como? Ao não repassar essa queda de preços do petróleo aos preços dos combustíveis vendidos aos consumidores.

A gasolina do Brasil está 32% mais cara que no mercado internacional; o diesel, 45%.
Traduzindo: quando o barril do petróleo estava alto, o governo obrigava a Petrobras a vender gasolina e diesel mais baratos do que custavam para seus cofres; hoje, que o barril está barato, a Petrobras vende combustíveis mais caros, como se fosse um “prêmio” para compensar o desfalque obtido lá atrás.

A Petrobras é a única petroleira do mundo que está ganhando dinheiro com a venda de combustíveis no momento em que o barril está barato.

Estamos na contramão do mundo. Fazemos exatamente o contrário da tendência mundial, de aproveitar o petróleo barato para reduzir a inflação e ajudar no crescimento econômico. No Brasil os preços dos combustíveis inflamam a inflação e tiram a competitividade da economia – sobretudo do agronegócio, setor que vinha se salvando da crise e onde o diesel é matéria-prima.

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