quarta-feira, 15 de outubro de 2014

ANEEL pode não reajustar a conta de energia.

A Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL apresentou, ontem (14), uma nova alternativa para precificar a energia no mercado de curto prazo. A proposta da agência é de aumentar o preço mínimo e reduzir o preço teto. Atualmente, esses valores variam entre R$15,62 e R$822,83. Pela nova proposta da agência, eles passariam a ficar entre R$30,26 e R$388,00. De acordo com o Relator do processo, José Jurhosa, "a aplicação dos novos limites permitiriam a redução da volatilidade do preço da energia."
A redução do teto do preço da energia no mercado de curto prazo, o chamado Preço de Liquidação das Diferenças - PLD, teria como objetivo tentar garantir o sucesso do leilão marcado para 03 de Dezembro. Com o teto mais baixo nesse mercado, as empresas ficariam desestimuladas a deixar de vender energia no leilão para conseguir um preço maior no curto prazo em 2015. No leilão de Dezembro, a ANEEL tenta garantir oferta de energia suficiente para que as distribuidoras não enfrentem um problema semelhante ao deste ano, quando registraram um prejuízo de R$19 bilhões.
Em 2014, por causa da forte seca e da não recomposição dos reservatórios das hidrelétricas, o preço da energia no mercado de curto prazo se manteve quase todo o ano muito próximo do teto. Isso prejudicou não apenas as grandes indústrias, que compram energia no mercado livre, mas também as distribuidoras de energia que precisaram recorrer a esses contratos para suprir a demanda dos consumidores. O resultado foi um salto no endividamento das distribuidoras e um futuro endividamento também do consumidor, que perceberá o reflexo do aumento de preços em suas tarifas até 2017. A proposta da ANEEL segue agora para audiência pública e poderá receber contribuições entre amanhã (16) e 10 de Novembro.

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