sábado, 21 de fevereiro de 2015
Tejuçuoca espera por socorro hídrico.
sábado, fevereiro 21, 2015
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Uma das secas mais persistentes da história, a maior dos últimos 60 anos, segundo avaliação do Ministério da Integração Nacional, continua fazendo estragos nas comunidades, principalmente nas cidades de pequeno porte, que têm poucos recursos e que enfrentam, diariamente, sérios problemas de abastecimento d'água humano e animal. Nesses locais, a ordem é economizar em todos os setores. Tejuçuoca, no Vale do Curu, a 145km de Fortaleza, vive uma dessas realidades. A Prefeitura vem instalando poços profundos mas diz que não tem condição de bancar a iniciativa por muito mais tempo.
Durante o período do Carnaval, a Prefeitura resolveu investir os recursos da festa popular na instalação de poços profundos para matar a sede de milhares de famílias que ainda dependem do carro-pipa. 04 poços foram instalados durante o período da folia. 02 na Sede, 01 na Comunidade Chaparral, que ganhou também uma caixa d'água, e outro em Monte Carmelo. "Vamos perfurar e instalar mais 05, na Sede do Município, para tentarmos amenizar a situação de dificuldade que passa nosso povo. A montagem total de cada benefício, todos eles adaptados com caixa de 5 mil litros, ficou em torno de R$5.900,00, com recursos do Município," explicou o Prefeito Valmar Bernardo.
O Prefeito disse, ainda, "durante minha gestão, já foram perfurados 63 poços profundos, em várias partes do Município. A Sede de Tejuçuoca está sendo abastecida por carros-pipa. São 16 carros da Defesa Civil, 08 do Exército Brasileiro e 02 da Prefeitura", frisou.
A água que chega à casa dos moradores vem da Cidade de Uruburetama, com o suporte de um açude na localidade de Caxitoré. Nos próximos dias, a Estação de Tratamento da Companhia de Água e Esgoto do Ceará - CAGECE, setor oeste na cidade de Caucaia, será a responsável pela liberação da água que vem tratada. Serão 226km todos os dias até o local do abastecimento. O Secretário de Recursos Hídricos de Tejuçuoca, Brandão Mendes, "reclama que a perfuração de poços custa caro e que o Município não tem condições de continuar bancando a iniciativa sozinho. Vamos precisar do socorro dos governos Federal e Estadual. Se não vier muita chuva para acumularmos água, não sei como ficará a nossa situação. Outro problema é a baixa vazão dos poços. Por exemplo, o equipamento da Praça Manoel Andrade Sousa, no Centro da Cidade, a vazão chegou apenas a 2.800 litros hora, considerada das mais baixas," alerta o Secretário.
FONTE: Diário do Nordeste, 20/Fev/2015.
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