Depois da Tejubode, que ganhou dimensão nacional, o Município de Tejuçuoca/CE, localizado a 144km de Fortaleza, na região do Vale do Curú, inova e cria o Tejucactus. O objetivo é gerar ocupação e renda para a Comunidade de Riacho das Pedras, situada a 12km da Sede. Inicialmente, 12 pessoas fazem parte das ações, que produzem, em uma área de 50 metros quadrados, espécies nativas e exóticas, que estão sendo vendidas para turistas do mundo inteiro.
Os bolsistas do Programa recebem R$100,00 mensais para custearem as despesas com capacitação e se dedicarem de forma permanente ao Projeto pioneiro no Ceará.
Quem, também, não pensou duas vezes para ingressar na produção das espécies nativas, foi Rosimeire Santos Alves, que participa do Projeto desde a sua fundação. "São idéias que mudam a nossa vida e tornam-se economicamente importantes, porque só dependem dos nossos esforços e dedicação. Sou otimista com o que chega de bom à nossa região", elogia Rosimeire Santos.
O Tejucactus já tem um grande acervo de matrizes de cactáceas, que servirão de apoio e ampliação do Programa em outras áreas. O mercado local será a base da produção. Porém, existem negócios firmados para os mercados de São Paulo e Rio Grande do Sul. Estas regiões têm tradição nesta produção, embora utilizem-se de pesadas tecnologias para oferecer clima especialmente quente para que os vegetais possam se desenvolver normalmente, enquanto que no Ceará, tudo é naturalmente favorável, pois as cactáceas são vegetais típicos de áreas de desertos ou semiáridas e necessitam de poucas chuvas.
De acordo com Eliseu Joca, que participa do Programa como Articulador, valores agregados estão, também, valorizando as mulheres de Riacho das Pedras, como a criação de mini-ambientes bem nordestinos, onde os cactos se destacam. "Os bolsistas receberam capacitação para a produção de vasos de barro, para agregar valores à sua produção, além da comercialização em outros mercados do Brasil", explica.
A Bolsa Cactus foi criada para a convivência com a seca, durante a gestão do Ex-prefeito Edilardo Eufrásio. Como incentivo, foi construída, em Riacho das Pedras, uma Unidade Produtora e mais núcleos residenciais. "A Bolsa Cactus é um incentivo da Prefeitura. Já a capacitação e produção fazem parte do plano de pesquisas da UFC", destacou o Prefeito. A Universidade Federal do Ceará - UFC tem atuado em parceria com a cidade de Tejuçuoca para promover a cultura das cactáceas. Projeto deverá ser ampliado para outros locais que têm o mesmo clima.
A pesquisa é uma ação da Associação Científica do Centro de Ciências Agrárias - Aceg/UFC, órgão responsável pela administração financeira dos recursos oriundos do Banco do Nordeste, destinados especificamente para pesquisas. Na primeira etapa, foram liberados R$96 mil para implantação das áreas e também das pesquisas.
De acordo com o Presidente da Câmara Municipal de Tejuçuoca, Vereador Barbosa; "Para que o Tejucactus não viesse a sofrer problemas, foi preciso pedir a intervenção do Deputado Federal Danilo Forte, que articulou junto ao Banco do Nordeste a liberação de mais R$180 mil para novas pesquisas e mudanças dentro do Programa. Nossa idéia é construir um poço profundo para auxiliar no cultivo das espécies e comprar um veículo para o transporte dos produtos para Fortaleza".
O Deputado Federal Danilo Forte, ainda, elogiou a atuação das mulheres no Tejucactus e lembrou que esse é um plano de sustentabilidade que traz grandes vantagens para as famílias. "Isso é maravilhoso. Em plena seca, uma Comunidade dá exemplo para o mundo de como conviver com a estiagem, utilizando pouca água e, o que é mais importante, preservando o meio ambiente e assegurando à natureza um plantio sem agressão", comemora Danilo Forte, que é natural da região.
O Parlamentar, ainda, ressalta as oportunidades que virão, a partir da realização da Copa do Mundo e das Confederações. "Com a Copa das Confederações e a Copa do Mundo no Brasil, os produtos de Tejuçuoca serão levados para todo o Continente. Essa é a grande saída para quem vive em sintonia com a natureza", observa.
Em Tejuçuoca, as espécies cultivadas são nativas de vários países da América, como o México, Argentina e Peru. Também é possível encontrar espécies exóticas que têm seus habitats naturais em países mais distantes, como Madagascar e África do Sul, na África; Vietnã, na Ásia e também dos outros países da América do Norte.
Outro diferencial do Projeto são as embalagens, que trazem vários tipos de cactáceas, em um ambiente que remete ao Nordeste, podendo ser opção de presente ou de decoração.
Mais Informações:
- (85)3323.1156 / (85)3323.1146
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