quinta-feira, 12 de abril de 2012
Tejuçuoca é um dos principais polos de produção de flores para a Copa do Mundo.
quinta-feira, abril 12, 2012
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Os produtores de flores do Ceará estão empolgados com os grandes campeonatos de futebol nos próximos anos no país. Mas, o que tem a ver flores com futebol? Vem aí a Copa das Confederações, em 2013. Em 2014, a Copa do Mundo da Fifa, em que Fortaleza está confirmada como uma das sub-sedes. E a demanda por flores para a decoração desses eventos e espaços deve aumentar. Essa é a expectativa dos produtores.
Os produtores, em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE e outras instituições, estão buscando formas de reforçar o cultivo. "Nós estamos preparando os empresários para que eles possam fornecer produtos para os hotéis, para os supermercados e alguns locais que nós iremos determinar durante o período da Copa", afirmou Paulo Jorge Mendes, articulador da unidade de agronegócios do SEBRAE.
De acordo com Mendes, um grupo de produtores participou, recentemente, de uma feira na Alemanha, onde pegaram várias inovações tecnológicas na produção dos equipamentos, como, também, novas flores.
Enquanto os jogos não chegam, eles trabalham para garantir o crescimento do setor. Os principais polos de produção local são: o Maciço de Baturité, Guaramiranga, Serra da Ibiapaba, Tejuçuoca e General Sampaio. Ao todo, são 50 produtores de flores de corte. O maior destaque são as rosas, com 60 hectares que produzem uma média de 175 mil hastes por dia.
Mesmo com produção expressiva de rosas, o Ceará ainda precisa desenvolver flores exóticas. Em uma produtora, flores como a astromélia, precisam ser importadas da Colômbia para abastecer o mercado interno.
No entanto, o Presidente da Câmara Setorial de Flores, Paulo Selbac, diz que é preciso trabalhar com as plantas originárias daqui. "Não adianta querer inventar. Não adianta trazer tulipa para fazer aqui. Isso não vai servir. Então, tem que ter bons consultores, que podem dizer para a gente o que pode ser trabalhado", afirmou.
O Ceará teve um momento de expansão na exportação, principalmente, de rosas, no início de 2000, mas durou pouco. Em 2005, o Estado teve uma forte queda no envio de flores para o exterior. "Tem problemas de câmbio, problemas de logística...", argumenta Selbac.
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