terça-feira, 29 de outubro de 2013
Preço dos combustíveis poderão ter aumentos automáticos, diz a Petrobras.
terça-feira, outubro 29, 2013
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O Diretor Financeiro e de Relações com Investidores da
Petrobras, Almir Barbassa, disse, ontem (28), que o Conselho de Administração da
estatal pediu novos estudos sobre os parâmetros utilizados na nova política de
reajuste de preços de combustíveis formulada pela estatal. Na última
sexta-feira (25), a Petrobras apresentou ao Conselho, presidido pelo Ministro da
Fazenda, Guido Mantega, uma metodologia para permitir uma maior geração de
caixa e redução do nível de alavancagem para níveis aceitáveis. Pela fórmula
criada pela estatal, os reajustes passarão a ser automáticos para adequar o
preço no mercado interno ao do internacional, tanto para cima quanto para baixo.
"Depois de aprovada, e uma vez definida (a metodologia),
o reajuste é automático e passa a ser empregado na empresa", afirmou
Barbassa, reforçando que o objetivo da metodologia é alinhar os preços
domésticos dos derivados aos internacionais. "O que muda é fazer esse
alinhamento, com a definição dos parâmetros, com a periodicidade definida.
(Queremos que) Seja clara a fórmula e que permita essa previsibilidade para
todos os interessados", disse.
Segundo Barbassa, essa nova política já foi aprovada pela
Diretoria. A companhia chegou ao fim de Setembro com uma alavancagem de 36%,
número acima do teto estipulado de 35% pela empresa, ressaltou o
Diretor. De acordo com ele, a nova política pode levar a alta ou redução de
preços. "São parâmetros como o percentual e a periodicidade desses
reajustes. Não é o momento para discutir se isso será aprovado ou não. Essa
política já foi aprovada pela Diretoria. Os parâmetros podem ser ajustados.
Vamos trabalhar para estar com isso inteiramente implementado até a data anunciada
(22 de Novembro)", afirmou.
Para o Assessor Técnico do Sindicato dos Proprietários de
Postos de Combustíveis do Ceará - SINDIPOSTOS/CE, Antônio José Costa, a nova política de preços a ser adotada pela Petrobras, representa o
retorno do 'gatilho', que será usado pela petrolífera, sempre que
avaliar necessário. Costa ressalta, "no entanto, que a medida significa uma forma
de tabelamento dos preços dos combustíveis, o que para o setor é impossível de
ser aplicado, diante da volatilidade do câmbio e dos preços do petróleo no
mercado internacional. Essa nova metodologia, anunciada na quinta-feira (24), está gerando um clima pavoroso no setor", revela
Costa.
A defasagem entre os preços de combustíveis no mercado internacional
e os praticados no mercado interno tem pesado no caixa da Petrobras. A estatal
acumula, entre Janeiro e Agosto deste ano, perdas estimadas em R$3,4 bilhões
por não repassar o aumento do petróleo no mercado internacional, segundo
cálculos do Centro Brasileiro de Infra Estrutura - CBIE.
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