quinta-feira, 9 de julho de 2015
Senado aprova Medida Provisória - MP que regulamenta correção de salários dos aposentados e pensionistas.
quinta-feira, julho 09, 2015
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O
governo perdeu a disputa no Senado em torno da votação da Medida Provisória - MP do
Salário Mínimo. A MP, que prorroga a política de reajuste do salário mínimo por
mais 04 anos, e na qual foi inserida emenda estendendo a mesma correção
para os aposentados da Previdência Social segue para sanção da Presidenta Dilma
Rousseff.
A
discussão da MP gerou debates acalorados no plenário do Senado.
O governo não queria a aprovação do texto com a emenda da Câmara que estendia
aos aposentados o direito ao mesmo reajuste do salário mínimo concedido aos
trabalhadores, alegando que causará impacto sobre as contas da Previdência.
Senadores
favoráveis ao benefício para os aposentados, como Paulo Paim (PT-RS), alegam
que não haverá impacto imediato no sistema previdenciário porque a política de
reajuste prevê que a correção será feita conforme a inflação do ano anterior –
medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC – mais o crescimento
do Produto Interno Bruto - PIB de 02 anos antes.
A
estratégia dos Senadores aliados era forçar o retorno da matéria à Câmara a
partir de alteração no texto. Com isso, a MP teria mais 27 dias
para ser analisada antes de perder a validade. E caberia, afinal, aos Deputados
assumir a responsabilidade da redação final.
No
entanto, a alteração sugerida a partir de emenda proposta pelo Senador
Cristovam Buarque (PDT-DF) foi rejeitada. "O Paim jogou para as galerias e eu
para os 16 milhões que não entraram aqui e que vivem do salário mínimo",
disparou Cristovam.
A
emenda foi rejeitada por 34 votos a 25. Houve uma abstenção, e vários Senadores
que estavam presentes apagaram o registro de presença para não votar. Em
uma manobra de última hora, o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral
(PT-MS), pediu ao Presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL) que adiasse a
leitura do texto final o que impediria o projeto de seguir para a Presidência
da República.
Caberia
então ao Presidente da Casa decidir quando a análise da matéria seria
finalmente concluída para envio ao Planalto. Em cerca de uma hora, Renan tomou
a decisão: O peemedebista impôs mais uma derrota ao governo Dilma e encaminhou
ao Planalto a medida provisória.
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